A Mariposa

Recebi ontem de meu irmão, e tomei a liberdade de publicar aqui no Blog, pois achei muito interessante. Beijos para ele!

A sobrevivente; eram dezenas de ovinhos dos quais uns 15 eclodiram. As larvas foram subindo pela parede assustando as mulheres da casa...Seriam aranhas ou outros animais peçonhentos? Fui colocando os bichinhos em uma vasilha com água e em seguida mandei-os para o ralo com a torneira aberta, porém, um deles se agarrou tanto que fiquei com pena e deixei-o próximo a umas plantas de manjericão.
De onde vieram? Lembrei-me que uma mariposa viera de fora e ficara assentada naquela parede por dois dias, cheguei a conclusão de que ela pusera ali seus ovos.
Um dia o meu neto foi colher umas folhas de manjericão e lá estava uma lagarta, (taturana ou mandruvá), devorando a planta! Ela era preta no primeiro terço, amarela no segundo terço e preta no último. Com uns pelos compridos, principalmente na cabeça e curtos dos lados do corpo, era horripilante!
Passados uns dias aconteceu a “ecdise”. O novo corpo era mais bonito! Cor de ouro em toda extensão do dorso e preto dos lados. Continuava devorando as folhas do manjericão deixando a dona deles enciumada! Mais uns dias uma nova muda aconteceu. Desta vez ela ficou com laterais verde limão, confundindo com o galho em que se agarrava e o apetite voraz continuava até que, num final de semana parou ficando inerte prendida a um galho. A torcida desanimou...Chegaram a pensar em mandá-la para o lixo! De manhã a alegria! Houve nova ecdise e a vivaldina, outra vez com aquele apetite voraz! Agora sua cor mudou para verde limão por inteiro e somente a cabeça e garras, pretas.
Acabaram-se as folhas de manjericão! Meu neto trouxe da residência do futuro sogro, quase um kg. da planta, porém com o calor elas murcharam rapidamente, mesmo estando em vasilha com água. Cheguei a comprar um feixe delas no supermercado, mas, não apeteceu! Era necessário tomar uma decisão! Deveríamos levá-la a um bosque e deixá-la por lá? Bem, acontece que a minha esposa teve uma idéia brilhante: deixou ao seu lado folhas de diversas plantas como couve, acelga e goiaba. E, a lagarta atacou vorazmente essa última. Como na nossa região há muitas goiabeiras acabou o problema da alimentação da futura mariposa.
Jamais esperaríamos que um bichinho desses tivesse noções de higiene! Agora ela está sobre um pedaço de papelão, pois a tiramos do arbusto. Como não pára de comer, tem que defecar e, fezes redondinhas e pretas. Quando há umas oito ou nove, ela dá uma pausa na alimentação, vai virando-se para trás e, pegando uma a uma as bolinhas atira para longe! Lembra um jogador lançando a bola ao cesto.
Acabei trazendo um bom galho de goiabeira e enterrei no vaso de terra. Levei a lagarta com a folha onde estava e coloquei-a junto ao ramo. Ela não se fez de rogada e atacou! Durante alguns dias e noites devorou oito folhas das grandes. Porém, numa segunda feira, desceu do galho, meteu a cabeça na terra e foi se afundando, lentamente e, após quatro horas havia desaparecido no solo! Passou um dia, dois, três, quatro e no quinto ainda continuava sem se manifestar. Convidei meu neto “médico” a desenterrá-la. Não havia mais lagarta, mas, uma ninfa (pupa) que se contorceu, mostrando ser um vivente! Imediatamente foi devolvida ao solo e coberta com terra. Estamos aguardando o esvoaçar de uma nova mariposa!
Ficamos contando os dias! Somente na quarta semana após se enterrar ela deu as caras..., isto é, a cauda. Essa pupa tem a forma de uma frente de foguete. Apareceu sobre a terra uma pequena ponta dessa pupa. Somente depois de mais uma semana ela se desenterrou de todo, e, sumiu! Deixara ali a casca! E, cor de barata. Decepção? Não! Tanto queríamos ver uma mariposa nascida em um apartamento! Daí que, a dona Wanda encontrou-a agarrada a um cabo do computador! Ela é linda. È de cor “amarelo-correio” e tem várias manchas arredondadas de cor marrom-escuro.
Então, tentamos dar-lhe frutas p/ se alimentar, mas, não deu bola. Quando escureceu ela esvoaçou e como, (é de hábito noturno) por natureza e lá fora há uma árvore de dama da noite em plena floração, dei um jeito de abrir a janela e deixei-a livre! Ela deu uma volta lá fora, retornou, agitou as anteninhas, dizendo obrigado! Adeus! E lá se foi pela noite adentro procurar companhia!!!